O denunciante cujo informe abalou a presidência de Donald Trump seria um funcionário da Agência Central de Inteligência (CIA) que foi enviado à Casa Branca, de acordo com o jornal The New York Times. Citando três pessoas que conhecem o homem, que não teve identidade revelada, o veículo de comunicação informou nesta quinta-feira (26) que ele "foi designado para trabalhar na Casa Branca em determinado momento", mas desde o incidente voltou à CIA .
A denúncia — realizada em 12 de agosto e que afirma que Trump usou seus poderes para pressionar o governo da Ucrânia a investigar seu rival da campanha democrata, Joe Biden — "sugeriu que ele era um analista e deixou claro que estava imerso em detalhes da política externa americana em relação à Europa, demonstrando um entendimento sofisticado da política ucraniana e pelo menos algum conhecimento da lei", explicou o Times.
Além disso, ele estava informado sobre a política ucraniana e as relações de Washington com Kiev, sobre as quais Trump é acusado de manipular para obter vantagens diante das eleições presidenciais do ano que vem. Este foi o primeiro indício da identidade do denunciante, além das declarações anteriores nas quais especulava-se se eram homem ou mulher — em uma comunidade de inteligência que conta com quase 1 milhão de pessoas.
O funcionário também apontou que não foi testemunha direta da conversa telefônica de Trump com o presidente ucraniano, Vladimir Zelenski, e que informou isso no âmbito das "relações regulares entre as agências". Andrew Bakaj, um dos advogados do denunciante, se negou a confirmar esta informação do Times.
A identidade da pessoa é protegida pelas leis dos Estados Unidos, que respaldam os funcionários que utilizam os canais adequados para denunciar a má conduta de seus colegas ou superiores. Contudo, espera-se que a pessoa deponha em breve a portas fechadas no Congresso, o que aumenta a possibilidade de exposição à medida que mais pessoas conhecem sua identidade.