Ao menos 17 pessoas morreram na queda de um avião do exército em uma área residencial da cidade paquistanesa de Rawalpindi, perto da capital Islamabad, nesta terça-feira (30), segundo um oficial da equipe de resgate. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas.
— Recebemos 17 corpos, incluindo o de 12 civis e de cinco membros da tripulação — disse Farooq Butt, porta-voz dos serviços de resgate.
O acidente ocorreu durante a noite, na periferia da cidade de Rawalpindi, sede do poderoso exército paquistanês. A zona foi rapidamente isolada pelas forças de segurança, enquanto dezenas de ambulâncias circulavam pela região.
O exército informou que o acidente envolveu um avião de instrução, que realizava uma "missão de rotina", e confirmou que a bordo estavam cinco membros da tripulação, incluindo os dois pilotos.
Destroços da aeronave, com o símbolo do exército na parte traseira, podiam ser vistos entre dois prédios pequenos enquanto o pessoal de resgate e militares isolavam a área. Uma multidão se reuniu no local, e muitos choravam a perda de parentes, como um idoso, Kala Khan, que lamentava a perda do filho.
Um morador local contou que o acidente ocorreu por volta das 20h (horário local).
— Estava dormindo quando um forte barulho de explosão me acordou. Saí da minha casa e vi chamas enormes. Corremos até o local e havia pessoas gritando — disse Mohamad Sadiq, que mora na região há cerca de 50 anos.
— Os vizinhos tentaram ajudar, mas as chamas eram muito altas e o fogo, muito intenso, e assim não pudemos fazer nada. Entre os mortos há sete membro de uma mesma família, e a maioria morreu por queimaduras — declarou.
O Paquistão registrou vários acidentes aéreos nos últimos anos, envolvendo tanto aviões como helicópteros. A catástrofe aérea mais fatal do país ocorreu em 2010, quando um Airbus 321 operado pela companhia Airblue que havia decolado de Karachi caiu nos arredores de Islamabad, matando 152 pessoas.