A Justiça da Suécia anunciou nesta segunda-feira (13) a reabertura da investigação, de 2010, sobre um suposto estupro cometido pelo fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Ele foi detido em abril, no Reino Unido, após passar sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres.
— Hoje decidi reabrir a investigação — anunciou Eva-Marie Persson, procuradora-adjunta, antes de afirmar que solicitará que Assange "seja entregue à Suécia mediante uma ordem de detenção europeia".
Assange foi preso em 11 de abril pela polícia britânica após o presidente equatoriano, Lenín Moreno, suspender o asilo diplomático que havia sido concedido ao ativista australiano, de 47 anos.
O criador do WikiLeaks, site que divulgou milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, entrou na embaixada para escapar da extradição para a Suécia, em 2012, onde a Justiça queria interrogá-lo como suspeito de ter cometido crimes sexuais, os quais são negados por ele.
O processo em questão havia sido arquivado e foi o que Eva-Marie reabriu nesta segunda.
Em dezembro, o jornal New York Times revelou que o governo equatoriano manteve negociações com autoridades norte-americanas sobre a expulsão de Assange em troca do alívio de dívidas.