Antes de serem encontrados mortos em um apartamento de Santiago, no Chile, na tarde desta quarta-feira (22), os cinco catarinenses e uma goiana pediram ajuda a uma companhia de viagem brasileira, que entrou em contato com um guia de turismo chileno.
Após ser acionado pela companhia, o guia se dirigiu até o apartamento e, no caminho, informou à polícia que algo errado havia acontecido com os turistas. O chileno Marcelo Midolo Vilalobos contou como foi o resgate da família catarinense e da mulher goiana:
— Eu sou guia de turismo chileno, trabalho com muitos brasileiros de todo o Brasil. A Companhia BRT, uma das maiores aí do Sul do Brasil, mandou um áudio para mim, pedindo ajuda a algumas pessoas que ligaram para a eles dizendo que inicialmente ficaram doentes.
Quando chegou no endereço, os bombeiros já estavam no local e haviam constatado a morte das seis pessoas.
— Os policiais não puderam derrubar a porta porque não tinham autorização judicial, ordem judicial. Mas aí os bombeiros entraram pela janela e acharam tudo que aconteceu. Ainda é preciso investigar, mas, inicialmente, é morte por gás — acrescenta Vilalobos.
O Cônsul adjunto do Brasil no Chile, Ezequiel Chamorro, também foi acionado. Ele contou que uma mensagem chegou ao telefone de emergência consular de uma parente das vítimas. A mensagem dizia que a familiar não conseguia mais contato com os parentes no apartamento e suspeitava que havia algo grave.
— Eu suspeitava que algo grave estava acontecendo e decidi ir pessoalmente. Subi ao quinto andar. A gente bateu na porta e ninguém abriu. Chamamos as pessoas para abrir a porta, entramos e sentimos um odor forte de gás. Encontramos os seis corpos, mortos — relata o cônsul adjunto.
A identidade das vítimas foi confirmada pela família. Os mortos são o casal Fabiano de Souza, 41 anos, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, e os filhos Caroline Nascimento de Souza, que completaria 15 anos nesta semana, e Felipe Nascimento de Souza, 13. A família morava em Biguaçu, na Grande Florianópolis.
Além deles, morreram Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos — que também é catarinense e é irmão de Débora —, e a esposa dele, Adriane Krueger, que é de Goiânia. O casal morava na cidade de Hortolândia, em São Paulo.