O número de mortes provocadas pelo ciclone Idai, que devastou Moçambique e Zimbábue no mês passado, está próximo de mil, de acordo com os últimos números divulgados pelos dois governos.
Na terça-feira (9), o Zimbábue atualizou seu balanço para 344, enquanto Moçambique disse que as mortes registradas foram 602. Assim, o total de vidas perdidas nos dois países chega a 946.
A ministra da Informação do Zimbábue, Monica Mutsvangwa, disse a repórteres que 257 pessoas listadas como desaparecidas quando fortes ventos e inundações atingiram o país, na noite de 14 de março, agora são consideradas mortas.
— O processo de busca e recuperação está agora restrito à recuperação. As pessoas desaparecidas agora podem ser consideradas mortas — disse.
Mais de dois milhões de pessoas - 1,85 milhão delas em Moçambique - foram afetadas pelo Idai. A ONU descreveu o ciclone como "uma das mais mortíferas tempestades já registradas no hemisfério sul".
A organização está buscando US$ 282 milhões (251 milhões de euros) para financiar uma assistência de emergência nos próximos três meses. Antes da chegada do ciclone, as inundações no Malawi, país vizinho de Moçambique e Zimbábue, afetaram cerca de 900 mil pessoas e custaram 60 vidas, segundo o governo.