A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) exortou a Argentina a aprofundar as reformas estruturais de base liberal iniciadas em 2016, e avaliou que a inflação continuará alta este ano e a reativação da economia ocorrerá no segundo semestre.
"Depois de anos de políticas econômicas insustentáveis, desde 2016 a Argentina iniciou reformas ambiciosas. É importante que elas não sejam revertidas, mas o trabalho está longe de terminar", disse Álvaro Santos Pereira, diretor de Estudos Econômicos da OCDE.
Ao apresentar o segundo relatório da organização sobre a terceira economia latino-americana, Pereira disse que as reformas já implementadas pelo governo de Mauricio Macri resultarão em um crescimento para a Argentina de 0,7% ao ano ao longo dos próximos 10 anos.
No entanto, ele advertiu que "ainda há muito a ser feito" e citou, entre outros pontos, reformas previdenciárias e trabalhistas, mudanças na política fiscal, a necessidade de melhorar o marco regulatório e de alcançar maior abertura econômica e redução da burocracia.
A OCDE estima que a inflação da Argentina será da ordem de 34% este ano e 25% no próximo ano.
* AFP