O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, chegou neste sábado (2) ao Equador, onde o presidente Lenín Moreno expressou o seu apoio para uma "transformação profunda" na Venezuela.
"Estaremos atentos às coordenadas que marcar o povo venezuelano e você, como seu líder, você, como o adail desta cruzada de transformação profunda que necessita o povo venezuelano", disse Moreno ao dar as boas-vindas a Guaidó na localidade costeira de Salinas (sudoeste).
O opositor venezuelano chegou ao Equador por volta das 17h00 (de Brasília) para continuar uma viagem para reforçar seus apoios. Antes esteve em Colômbia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
"Nesta viagem muito importante que estamos realizando por nossos países irmãos da América do Sul não só viemos pedir ajuda", mas "também buscando liberdade, democracia e um pedido de prosperidade e progresso para a Venezuela", expressou Guaidó.
O líder venezuelano assinalou que o Equador viveu "na própria carne" a migração venezuelana e pediu "o fim da usurpação e uma transição pacífica na Venezuela", de onde saíram 2,7 milhões de pessoas desde 2015, segundo a ONU.
O Equador, junto com a Colômbia e o Peru, é um dos principais receptores de migrantes venezuelanos. Quito calcula que cerca de 250.000 pessoas dessa nacionalidade vivam em território equatoriano, cerca de 100.000 com visto.
"Esse Estado falido, completamente falido, não deve ir mais longe", manifestou Moreno, referindo-se ao governo do presidente socialista Nicolás Maduro.
O governante equatoriano, que havia convidado Guaidó para visitar seu país na última quinta-feira, acrescentou: "Estamos no caminho para sair desse abismo no qual nos havia colocado este mal chamado socialismo do século XXI".
Guaidó viajou para Salinas acompanhado de sua esposa, Fabiana Rosales, e do embaixador designado para Quito, René De Sola.
Guaidó tem previsto deixar o Equador no domingo por volta das 11h30 (de Brasília), mas ainda não foi especificado qual será seu próximo destino.
Espera-se que ele retorne à Venezuela na segunda-feira, onde permanece a incerteza se ele será preso por burlar a proibição de saída do país.
* AFP