O líder oposicionista da Venezuela Juan Guaidó desembarcou no aeroporto internacional Simon Bolívar, que serve Caracas, às 12h22 (13h22 em Brasília) desta segunda-feira (4). Sua chegada foi pacífica e não houve impedimentos para o seu desembarque em solo venezuelano, de acordo com a TV Venezuela, sediada em Miami, que transmitiu ao vivo do aeroporto.
O oposicionista, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, avisou em seu Twitter que havia chegado, após passar pela alfândega, e depois acrescentou: "Entramos na Venezuela como cidadãos livres, que ninguém nos diga o contrário". Logo depois, ele convocou o país a se mobilizar no sábado, 9 de março, contra o regime de Nicolás Maduro.
No domingo (3), em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, ele havia afirmado que retornaria à Venezuela para liderar as manifestações marcadas pelo país durante o Carnaval, sem dizer como faria para retornar. O oposicionista passou a última semana viajando pela América Latina em busca de apoio para a condução de uma "transição democrática".
Proibido de deixar a Venezuela, Guaidó teve as contas bloqueadas pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), alinhado a Maduro, e enfrenta agora a possibilidade de ser preso.
— Se o regime se atrever a me sequestrar, será o último erro que ele cometerá — disse, classificando seu retorno como um "desafio histórico".
Guaidó repetiu as palavras da secretária-adjunta para assuntos do Hemisfério Ocidental do governo americano, Kimberly Breier, que afirmou na sexta (1º) que prender o oposicionista seria "o último erro que o regime cometeria".