A Organização de Estados Americanos (OEA) aprovou, nesta quinta-feira (10), uma resolução para declarar ilegítimo o segundo mandato do presidente Nicolás Maduro na Venezuela.
A resolução foi aprovada por 19 votos a favor, seis contra, oito abstenções e uma ausência. A reunião do Conselho Permanente da Organização se soma à decisão do Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte, de não reconhecer o segundo mandato do presidente venezuelano, que iniciou nesta quinta-feira (10).
— Saudamos o compromisso dos países das Américas reconhecendo como ilegítimo o regime de Nicolás Maduro. O povo da Venezuela não está sozinho, seguimos trabalhando para recuperar a democracia, os direitos e as liberdades de todos — afirmou o secretário-geral da OEA, Luís Almagro, via sua conta pessoal no Twitter.
O Brasil votou favoravelmente à medida. Ao lado da Venezuela ficaram Bolívia e Nicarágua, entre outros países.
Também nesta quinta, o Paraguai rompeu as relações diplomáticas com a Venezuela depois que Maduro tomou posse para assumir um novo mandato de seis anos. O anúncio foi feito pelo presidente do país, Mario Abdo.
Maduro prestou juramento nesta quinta-feira (10) ao tomar posse, desafiando os Estados Unidos e grande parte da comunidade internacional, que ameaça aumentar a pressão sobre seu governo considerado ilegítimo.
— Juro em nome do povo da Venezuela (...), juro pela minha vida — declarou Maduro, que recebeu a faixa presidencial do presidente da Suprema Corte de Justiça (governista), em um ato que não foi assistido por nenhum representante da União Europeia (UE) ou a maioria dos países das Américas.
A UE, os Estados Unidos e o Grupo de Lima — formado por 14 países, incluindo o Brasil — ignoraram a reeleição de Maduro nas eleições de 20 de maio, promovidos pela Assembleia Constituinte no poder e boicotadas pela oposição, que as considerou uma fraude.