O Paraguai rompeu nesta quinta-feira (10) as relações diplomáticas com a Venezuela depois que o presidente Nicolás Maduro tomou posse para assumir um novo mandato de seis anos. O anúncio foi feito pelo presidente do país, Mario Abdo.
— Determinei o fechamento da embaixada e a imediata retirada do pessoal diplomático em Caracas — afirmou Abdo.
O chefe de Estado paraguaio pediu a outros países que também se expressem "com fatos concretos a favor do povo venezuelano".
Nesta quinta-feira, Maduro prestou juramento nesta quinta-feira para um segundo mandato que deve durar até 2025. Na última sexta-feira (4), o Grupo de Lima, composto por 14 países, anunciou que não reconhecerá o governo do presidente venezuelano.
Maduro foi eleito em 2017 em um pleito que os corpos diplomáticos de 13 países, incluindo o Brasil, consideram "ilegítimo". O México, que originalmente faz parte do grupo, não participou da reunião.
— Esta declaração tem uma mensagem política contundente: a principal mensagem é, sem dúvida, o não reconhecimento da legitimidade do novo período do regime venezuelano —afirmou o chanceler peruano, Néstor Popolizio, ao ler os principais aspectos da declaração do Grupo, que se reuniu com a inédita participação dos Estados Unidos para definir ações contra o governo de Maduro.
Nesta quarta (9), Maduro afirmou que adotará medidas diplomáticas contra os países do Grupo caso não retifiquem sua posição sobre a Venezuela em 48 horas — período que se encerra nesta sexta (11).
— Entregamos a todos os governos do 'cartel' de Lima uma nota de protesto onde exigimos uma retificação de suas posições sobre a Venezuela em 48 horas, ou o governo tomará as mais urgentes e duras medidas diplomáticas — declarou.