Pelo menos três pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas nas violentas manifestações violentas registradas no Zimbábue desde segunda-feira para protestar contra o aumento nos preços dos combustíveis.
"Segundo nossas fontes, duas pessoas foram mortas em Chitungwiza (sul da capital Harare) e outra em Kadoma (centro)", informou à AFP o porta-voz do oposicionista Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Jacob Mafume.
A polícia interveio na segunda-feira em Harare e Bulawayo (sul), a segunda maior cidade do Zimbábue, para dispersar centenas de pessoas que ergueram barricadas e saquearam empresas no primeiro dia de uma greve geral do principal sindicato do país.
A polícia usou gás lacrimogêneo nesta terça-feira para desalojar manifestantes em Bulawayo, enquanto as ruas de Harare estavam praticamente desertas, segundo jornalistas da AFP.
O presidente Emmerson Mnangagwa anunciou no sábado que duplicará o preço da gasolina para fazer frente à maior escassez de petróleo no país nos últimos dez anos.
Estes distúrbios são os mais graves no país desde que o Exército reprimiu um protesto da oposição no dia seguinte às eleições de 30 de julho, em confrontos que deixaram seis mortos em Harare.
Por quase vinte anos, o Zimbábue vive uma grave crise econômica e financeira, estrangulada por uma falta de liquidez e uma inflação desenfreada.
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* AFP