O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta terça-feira (13) para discutir a escalada da violência na Faixa de Gaza entre palestinos e as forças de Israel, sem obter um acordo para superar a crise, informaram fontes diplomáticas.
A reunião foi solicitada pelo Kuwait, que representa os países árabes no Conselho, e pela Bolívia, após a pior escalada das hostilidades desde a guerra de 2014 entre Hamas e Israel.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansur, se dirigiu aos jornalistas após cerca de 50 minutos de reunião e informou que o Conselho estava "paralisado" e havia "falhado em assumir sua responsabilidade" para agir pelo fim da violência.
Não houve uma declaração do Conselho sobre a crise, uma medida que necessita do consenso dos 15 membros do organismo.
O embaixador do Kuwait, Mansur al Otaibi, afirmou que a maioria dos membros do Conselho avalia que a ONU "deveria fazer algo" e alguns sugeriram realizar uma visita à região, mas não foi adotada qualquer medida concreta.
Grupos palestinos, incluindo o movimento islâmico Hamas, anunciaram antes da reunião um cessar-fogo com Israel.
Estes grupos disseram que acatarão a trégua sempre e quando Israel fizer o mesmo.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, declarou que "não aceitaremos um chamado para que ambas as partes exerçam moderação".
– Há um lado que ataca e dispara 400 foguetes contra civis, e há outro lado que protege seus cidadãos – assinalou Danon.
Em menos de 24 horas, ao menos sete palestinos morreram em ataques israelenses, que responderam ao lançamento de centenas de foguetes de Gaza, que deixaram um morto e dezenas de feridos em território israelense.
O Exército israelense contabilizou 460 disparos de foguetes desde a tarde de segunda-feira. Como resposta, indicou ter atacado cerca de 160 posições militares do movimento islamita Hamas e de seu aliado, a Jihad Islâmica.
A escalada começou no domingo com uma infiltração das forças especiais israelenses, uma operação que terminou com a morte de um tenente-coronel israelense e de sete palestinos, entre eles um comandante do braço armado do Hamas e vários membros das brigadas Al-Qassam.
Em represália, as brigadas Al-Qassam feriram gravemente um soldado em um ataque com um míssil, o que deflagrou a resposta israelense.