As democratas Sharice Davids e Deb Haaland se tornaram, nesta terça-feira (6), as primeiras mulheres indígenas americanas eleitas para o Congresso em Washington. As Eleições de Meio de Mandato — as chamadas midterms — definiram a renovação de toda a Câmara, de um terço do Senado e de 36 dos 50 governadores.
Sharice, 38 anos, advogada, ex-lutadora de artes marciais mistas e homossexual assumida, derrotou o atual representante republicano Kevin Yoder no estado tradicionalmente conservador do Kansas. Ela foi criada por uma mãe solteira e veterana do Exército.
Deb, de 57, que é do Novo México, derrotou a republicana Janice Arnold-Jones e Lloyd Princeton, do Partido Libertário. Membro da tribo Pueblo Laguna, é uma conhecida ativista comunitária em seu distrito claramente democrata e luta para promover o voto entre a população indígena, que representa 2% dos americanos.
— Precisamos de gente real que fale dos nossos assuntos e saiba o que significam — disse Deb em uma entrevista antes das eleições. — Temos pessoas agora no Congresso que não sabem o que significa não ter comida, ou uma cobertura de saúde adequada.
As duas mulheres fazem parte de um número recorde de indígenas americanas a se candidatarem às eleições de meio de mandato para disputar vagas no Congresso, governos estaduais, legislaturas locais e outras posições.
Sharice e Deb também estão entre os democratas que conseguiram virar cadeiras a favor de seu partido na Câmara de Representantes, recuperando o controle das mãos republicanas.