A capital argentina amanheceu blindada. No centro de Buenos Aires, onde ficam os hotéis de luxo e as embaixadas, barreiras foram montadas nas ruas, interrompendo o trânsito. O transporte público deixará de funcionar normalmente nesta quinta-feira (29) à tarde. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, decretou feriado na sexta-feira (30), quando começa a Cúpula dos Líderes do G20. Encontro vai até sábado (1º).
É a primeira vez que os líderes das 20 maiores economias do mundo se reúnem na América do Sul. A primeira cúpula, em 2008, ocorreu nos Estados Unidos – no ano da pior crise financeira, desde a “grande depressão” de 1929.
Participam do G20 os sete países mais ricos (G7), 13 economias emergentes (entre elas, a China, a Rússia, a Índia e o Brasil), e a União Europeia (UE), além de representantes de organizações multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Segurança
A Argentina mobilizou 25 mil agentes para proteger as delegações da ameaça de atentados e de protestos violentos, como os da última cúpula, na Alemanha, que deixaram dezenas de pessoas e policiais feridos.
O presidente argentino e anfitrião da Cúpula do G20, Mauricio Macri, aproveitará a ocasião para se encontrar com sete líderes – entre eles, os presidentes Donald Trump (dos Estados Unidos), Xi Jin-Ping (da China) e Vladimir Putin (da Rússia).
A Argentina enfrenta um momento difícil: o país fechou um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), para superar a crise cambial, que fez com que a moeda nacional perdesse metade de seu valor este ano.
Em troca de uma linha de crédito de US$ 36,3 bilhões, Macri se comprometeu a zerar o déficit fiscal em 2019 – justamente no ano em que disputará a reeleição. As estimativas são de que este ano a economia argentina encolherá 2,6% e que a inflação anual superará os 45%. O índice de aprovação do governo de Macri está em torno de 30%. Mas o governo aposta numa recuperação econômica no ano que vem.