O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o presidente venezuelano Nicolás Maduro pode ser "derrubado muito rapidamente" por militares e anunciou novas sanções contra a esposa e os colaboradores do regime chavista.
— É um regime que, francamente, poderia ser derrubado rapidamente pelos militares se estes decidissem fazer isso — afirmou o mandatário norte-americano a jornalistas na sede da ONU.
Pouco antes, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump lamentou a "tragédia humana" que a Venezuela vive.
— Há poucos anos, era um dos países mais ricos da Terra e hoje está arruinada pelo socialismo, que conduziu seu povo à abjeta pobreza. Pedimos às nações reunidas aqui se unam a nós no pedido de restauração da democracia na Venezuela — afirmou.
Ainda hoje, os EUA impuseram sanções contra pessoas próximas a Maduro: a primeira-dama Cilia Flores, a vice-presidente Delcy Rodríguez, o ministro de Comunicação Jorge Rodríguez e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López. Também foram anunciadas sanções contra pessoas ligadas ao líder chavista Diosdado Cabello. Com as medidas, todos os ativos dos venezuelanos nos EUA ficaram congelados, e um avião particular de 20 milhões de dólares foi embargado.
— Não se metam com Cilia. Não se metam com a minha família. Não sejam covardes! (...) Seu único crime é ser minha esposa. Como não podem com Maduro, vão contra Cilia. E tampouco podem contra Cilia, porque Cilia é uma mulher aguerrida — respondeu Maduro, da Venezuela.
Coreia do Norte e Síria
Trump também, destacou nesta terça-feira (25), em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, sua "audaciosa" estratégia em relação à Coreia do Norte.
O presidente norte-americano advertiu, porém, que as sanções internacionais contra Pyongyang "continuarão até a desnuclearização" da península coreana. Há apenas um ano, nessa mesma tribuna, Trump havia atacado o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e ameaçado "destruir totalmente" a Coreia do Norte.
No caso sírio, prometeu "uma resposta", se Damasco voltar a usar armas químicas e denunciou o "caos" semeado por seus governantes.
— Saqueiam os recursos de sua nação — disse Trump, referindo-se ao Irã, país aliado do presidente Bashar al-Assad, como uma "ditadura corrupta". Segundo ele, seus líderes "semeiam o caos, a morte e a destruição".
Trump, que decidiu abandonar o acordo nuclear com Teerã, convocou a comunidade internacional "a isolar o regime iraniano". Disse ainda que os Estados Unidos darão ajuda "apenas aos nossos amigos".
No plano econômico, após afirmar que o desequilíbrio comercial com a China "não pode ser tolerado", pediu aos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que reduzam seus preços.