O candidato da direita Iván Duque foi eleito neste domingo (17), com 54,07% dos votos, o novo presidente da Colômbia. Duque bateu, no segundo turno, o ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá Gustavo Petro, representante da esquerda, e assumirá o mandato em 7 de agosto, sucedendo Juan Manuel Santos.
Essa era a contagem com 96,99% dos votos apurados. Ex-senador de 44 anos, Duque é afilhado político do popular ex-presidente Álvaro Uribe, que governou o país entre 2002 e 2010. Chegou a tabalhar 12 anos como economista no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Conservador, ele declarou em campanha defender os valores cristãos.
Agora, ele promete recuperar o cargo máximo do país para uma direita contrária ao acordo com as Farc, diminuir os impostos para as empresas e aumentar a pressão internacional contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. Ele também quer combater o "câncer da corrupção" e o narcotráfico, no país que mais produz cocaína no mundo, além de diminuir a burocracia.
Com a antiga guerrilha transformada em partido e diálogos contínuos com os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN), a luta contra a corrupção e o narcotráfico, assim como as relações e a migração sem precedentes da Venezuela, ganharam espaço na campanha.
Duque questiona o pacto de paz com as Farc e insiste em modificá-lo para impedir a chegada ao Congresso de ex-guerrilheiros implicados em crimes graves.
Mais de 36 milhões de eleitores foram convocados para definir o futuro do acordo de paz que desarmou a ex-guerrilha Farc. Apesar de ter evitado 3 mil mortes no ano passado, o acordo dividiu profundamente uma sociedade anestesiada por mais de meio século de violência.