A Liga Árabe tentará obter o reconhecimento internacional de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como capital, em resposta à decisão unilateral americana de declarar Jerusalém como capital de Israel, indicou neste sábado (6) o ministro jordaniano das Relações Exteriores.
Um dos objetivos é reafirmar "a invalidade da decisão (americana) de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e o fato de que não tem nenhuma consequência jurídica", declarou Ayman Safadi durante coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit.
"Tentaremos obter (...) o reconhecimento de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como capital, nas fronteiras de junho de 1967", acrescentou.
Essas declarações são feitas depois da visita, neste sábado, de uma delegação ministerial árabe de Amã, composta pelos ministros das Relações Exteriores egípcio, saudita, palestino, marroquino e árabe, além de Abul Gheit.
Este último anunciou a realização de uma "reunião ministerial ampliada" no fim do mês.
Durante seu encontro com esta delegação, o rei Abdullah II, da Jordânia, recordou a necessidade de encontrar uma solução para a questão de Jerusalém no âmbito "de um acordo de paz justo e duradouro" entre palestinos e israelenses.
A Jordânia, país guardião dos lugares santos muçulmanos em Jerusalém, denunciou como "uma violação do direito internacional" a decisão do presidente americano, Donald Trump, sobre Jerusalém.
O reino hachemita e o Egito são os únicos países árabes que assinaram um acordo de paz com Israel.
* AFP