A busca pelo submarino argentino ARA San Juan, perdido há 23 dias no Atlântico Sul, é comparável a procurar uma agulha em um palheiro, afirmou, nesta sexta-feira (8), o porta-voz da Marinha, capitão Enrique Balbi.
A embarcação continua perdida e é procurada por navios da Armada — Marinha de guerra argentina — em cooperação com Forças Armadas de outros países.
O submarino zarpou, em 15 de novembro, de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e era esperado em Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, seu porto habitual.
Três embarcações irão inspecionar três novos "objetos" detectados com sonares em diferentes profundidades. No total, há oito barcos nas operações.
— O (navio russo) Yantar está inspecionando um objeto a 940 metros. O (argentino) Ilhas Malvinas está tentando visualizar um objeto a 830 metros. E o (americano) Atlantis, quando se reincorporar nesta sexta-feira, analisará outro objeto a 770 metros — disse Balbi.
A busca abarca profundidades entre 200 e mil metros, segundo o porta-voz.
O governo e a Armada já deram como mortos os marinheiros, por considerar que a situação é extrema e que o submarino está no fundo do mar.
Os familiares, contudo, continuam pedindo ao presidente Mauricio Macri e aos militares para que não deem como finalizadas as tarefas de um eventual resgate.
— Queremos ver os corpos, que os retirem. Precisamos fazer o luto — disse Yolanda Mendiola, mãe do tripulante Leandro Fabián Cisneros, de 28 anos.