O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, negou nesta terça-feira (14) que a empresa Odebrecht tenha financiado suas campanhas eleitorais e garante que não assessorou a empreiteira.
"Eu nunca recebi qualquer aporte da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais de 2011 e 2016. Também não tive vínculo profissional com a Odebrecht", escreveu Kuczynski em sua conta do Twitter.
As mensagens do governante peruano são divulgadas horas depois que um site local publicou novas declarações à procuradoria peruana do ex-diretor-executivo da empresa, Marcelo Odebrecht, nas quais diz ter financiado sua campanha e tê-lo contratado como consultor.
Segundo o depoimento do empresário citado pelo site IDL Reporteros, quando Kuczynski era primeiro-ministro do então presidente Alejandro Toledo (2001-2006) foi "uma pedra no sapato" para o projeto da rodovia interoceânica (pela qual Toledo teria recibido um suborno).
Segundo Marcelo Odebrecht, quando Kuczynski deixou o cargo, o contrataram para uma consultoria "para curar feridas".
Kuczynski foi candidato presidencial em 2011. Segundo a Odebrecht, "se esteve nos primeiros lugares, tenho a certeza de que sim" apoiaram economicamente sua campanha.
"Em 2011 participei da campanha presidencial eleitoral como convidado pela Aliança pela Grande Mudança, movimento que não esteve entre os favoritos do processo", postou Kuczynski no Twitter.
"Estou absolutamente seguro de meus atos. Deixemos que nossas autoridades fiscais e judiciais trabalhem com autonomia, independência e livres de pressões políticas", afirmou
"Estamos comprometidos na luta contra a corrupção", ressaltou o presidente, que sofre críticas da oposição populista de direita do partido Forla Popular, liderado por Keiko Fujimori.
* AFP