A declaração unilateral por parte do Parlamento regional catalão de uma "República Catalã como Estado independente" não foi bem recebida pelas principais autoridades da União Europeia (UE). O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncke, destacou que a UE não precisa de mais divisões.
— Não devemos interferir nesse debate, mas não gostaria que amanhã a União Europeia viesse a ter 95 Estados membros — declarou Juncker à imprensa, durante uma visita à Guayana Francesa acompanhado do presidente francês Emmanuel Macron.
Emmanuel Macron declarou ao chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy, todo seu apoio para fazer respeitar o Estado de Direito na Espanha.
— Tenho um interlocutor na Espanha, é o chefe de Governo Rajoy. (...) Há um Estado de direito na Espanha, com regras constitucionais. Ele quer que sejam respeitadas e tem todo meu apoio — afirmou.
O presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, pediu, por sua vez, a volta da legalidade na Catalunha. "Ninguém na UE reconhecerá essa declaração. Mais do que nunca é preciso restabelecer a legalidade como base para o diálogo a fim de garantir as liberdades e os direitos de todos os cidadãos na Catalunha", afirma, em um comunicado.
Já a Alemanha declarou que não reconhece da declaração de independência da Catalunha.
"O governo alemão observa com preocupação o agravamento da situação na Catalunha", afirmou o porta-voz Steffen Seibert no Twitter. "A soberania e a integridade territorial da Espanha são e continuam sendo invioláveis", acrescentou.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, por sua vez, pediu uma solução pacífica para a crise, e respeito à ordem nacional e internacional. "Uma crise política pode ser resolvida mediante o diálogo", tuitou Michel.