A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) começa, nesta segunda-feira (19), no balneário mexicano de Cancún com o olhar voltado para a Venezuela. A crise política no país sul-americano deixou mais de 70 mortos em dois meses de protestos.
Um encontro inicial previsto para 31 de maio, em Washington, foi cancelado por falta de consenso entre os chanceleres da OEA. Nesta segunda-feira, os trabalhos devem começar com uma conferência do diplomata mexicano Luis Videgaray e do secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro.
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As reuniões especiais, que geram a expectativa de um pronunciamento de consenso sobre a Venezuela, representam um ponto delicado, pois foram o motivo alegado pelo presidente Nicolás Maduro para anunciar o início do processo de saída do país da OEA, o que levará dois anos.
A Venezuela inscreveu uma delegação para a Assembleia, pois continua sendo membro com plenos direitos. Apesar de a OEA ter anunciado, no sábado (17), que a chanceler Delcy Rodríguez lideraria a representação venezuelana, fontes diplomáticas afirmaram que o país será representado pelo embaixador permanente no organismo, Samuel Moncada.
Rodríguez, no entanto, já marcou presença na Assembleia com uma série de mensagens no Twitter com denúncias de supostas agressões contra delegados venezuelanos. Fontes diplomáticas e policiais entrevistadas pela AFP, no entanto, afirmaram que não têm notícias de qualquer agressão.