Uma pequena igreja evangélica recebeu, nesta sexta-feira, familiares e amigos de Siona Hernández, uma das 36 adolescentes mortas no incêndio que atingiu um abrigo de menores em San José Pinula, a 10 quilômetros da capital da Guatemala. Os conhecidos da jovem de 17 anos estão impactado pela tragédia ocorrida no Lar Seguro Virgem de Assunção, um centro de acolhimento de vítimas de abusos.
O último balanço oficial é de 36 jovens entre 14 e 17 anos mortas. Outras 19 se encontram internadas, a maioria em estado crítico. Horror e indignação tomaram conta dos guatemaltecos, que agora esperam por justiça na investigação da tragédia ocorrida na quarta-feira.
Leia mais
Indignação na Guatemala por incêndio que matou 36 jovens
Vulcão de Fogo entra em erupção e cinzas ameaçam Cidade da Guatemala
Menina morre em explosão de armazém de fogos de artifício na Guatemala
O incêndio aparentemente foi provocado pelas próprias internas para denunciar abusos sexuais e outras formas de violência, segundo uma das hipóteses cogitadas pela Procuradoria de Direitos Humanos.
O presidente Jimmy Morales, que está com a popularidade cada vez mais baixa, decretou três dias de luto nacional e ordenou a destituição do diretor da instituição.
Trata-se de "um massacre", assegurou Hilda Morales, procuradora de Direitos Humanos da Infância, que pediu uma investigação administrativa e penal contra os responsáveis do abrigo.
O local abriga, por ordem judicial, menores de 18 anos vítimas de violência doméstica, de algum delito ou que foram resgatadas das ruas, entre outros motivos. O centro tem capacidade para 400 menores, mas abriga 800.
*AFP