O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou, nesta quinta-feira, o atentado que deixou ao menos quatro mortos e 40 feridos em Londres, na quarta. O comunicado foi divulgado por meio da agência de propaganda Amaq, pertencente ao grupo terrorista.
"O autor do ataque diante do Parlamento britânico é um soldado do EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão", indica a Amaq, que cita "uma fonte da segurança".
Esta é a primeira vez que o EI reivindica um atentado na Grã-Bretanha, que é membro da coalização internacional antijihadista dirigida pelos Estados Unidos.
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O autor do atentado era um extremista conhecido pelos serviços de segurança, conforme anunciou, na quinta-feira, a primeira-ministra Theresa May. De acordo com a polícia britânica, oito pessoas foram detidas em seis residências na Grã-Bretanha, suspeitas de ligação com o ataque em que um homem atropelou pedestres perto do Big Ben e depois esfaqueou até a morte um policial que protegia o Parlamento, antes de ser abatido.
Um dia depois do atentado, o Parlamento britânico retomou as atividades e tanto no interior quanto no exterior do local. Nesta quinta, policiais, parlamentares e cidadãos respeitaram um minuto de silêncio em solidariedade às vítimas.
Atividades são retomadas no Parlamento
Após o minuto de silêncio, Theresa May discursou no Parlamento e revelou que o autor do atentado era um britânico que há alguns anos "foi investigado pelo Mi5 (serviços de inteligência) por suspeitas de violência extremista".
A primeira-ministra chamou o homem de "figura secundária" e ressaltou a tese antecipada pela polícia de que o agressor atuou por motivações ideológicas islamitas. A identidade do agressor não foi divulgada até o momento pela autoridades.
– Não temos medo – disse May em tom de desafio. – Nunca hesitaremos diante do terrorismo.
A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, condenou em um comunicado a "terrível violência" do atentado e prestou pêsames às vítimas.
*AFP