Fiel ao perfil adotado ao longo da campanha, Donald Trump deu início ao mandato como 45º presidente dos Estados Unidos com um discurso baseado em ideais nacionalistas e pregando medidas protecionistas como forma de recuperar empregos e investimentos perdidos nos últimos anos.
Na manhã congelante de Washington, pontualmente ao meio-dia, Trump estendeu a mão sobre a Bíblia e prestou juramento.
Entre as autoridades, estavam as famílias Trump e Obama, o ex-presidente Bill Clinton e a mulher, Hillary, candidata derrotada na eleição, além de centenas de congressistas e convidados. Discreta, Hillary pouco aplaudiu.
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Obama, da mesma forma, manteve o semblante sério durante os 17 minutos do discurso de seu sucessor. Trump não antecipou medidas, mas prometeu que "o poder voltará às mãos do povo". O National Mall, a esplanada de mais de dois quilômetros a partir do Capitólio, começou a ser ocupado às 6h.
A polícia submeteu participantes à revista corporal e averiguação de bolsas e mochilas. As irmãs Margareth e Meredith Stevenson ficaram desempregadas há cinco anos quando a empresa em que trabalhavam fechou em Wisconsin.
– Ele é a única esperança de retomada de empregos, da vida e condição que sempre tivemos – disse Margareth, na concentração em frente ao Capitólio.
Uma chuva fina caiu em Washington enquanto o novo presidente falava. Muitos se protegiam com capas e guarda-chuvas. O esforço policial de manter manifestantes longe do desfile presidencial permitiu a passagem tranquila de Trump e a família.