O presidente chinês Xi Jinping denunciou à imprensa estatal um "complô" dentro do Partido Comunista, criticou a corrupção e a fraude eleitoral e, ao mesmo tempo, pediu o reforço do controle ideológico de seus membros.
As críticas foram realizadas após uma reunião na semana passada com centenas de altos funcionários do regime comunista que deram a Xi um "papel central" na liderança do país e pediram reformas das "normas da vida política". Desde que assumiu a liderança do partido em 2012, Xi luta contra a corrupção entre as elites comunistas.
Leia mais
Acidente com trens deixa 17 mortos em Karachi, no Paquistão
Chavista rejeita plano da oposição para ratificar diálogo
Ataques coordenados no sul da Tailândia deixam três mortos
O Jornal do Povo, oficial do governo, publica nesta quinta-feira dois documentos que apresentam detalhes da reunião, acompanhados de comentários de Xi Jinping.
"Alguns altos dirigentes do Partido, superados por sua ambição, sedentos de poder, fingem observar a linha oficial, formam camarilhas para seus interesses pessoais e fomentam complôs políticos", denuncia o presidente.
"O nepotismo e a fraude eleitoral não foram detidos", acrescentou, antes de afirmar que "os abusos de poder, a corrupção e a violação da lei da disciplina aumentaram".
Em setembro foi divulgado um caso de compra de votos que envolvia vários deputados da província de Liaoning, no nordeste.
A campanha de combate à corrupção liderada por Xi provocou a punição de mais de um milhão de integrantes do partido, incluindo aqueles que o líder chinês chama de "moscas" (funcionários de nível menor) e "tigres" (altos dirigentes), como o ex-comandante da Segurança Zhou Yongkang e vários generais do exército, atualmente na prisão.