As três ativistas europeias integrantes do grupo Femen foram condenadas a quatro meses de prisão depois de terem sido julgadas nesta quarta-feira em Túnis, de acordo com um de seus advogados.
- O juiz condenou as três mulheres a quatro meses e um dia de prisão por atentado ao pudor e aos bons costumes - indicou à AFP o advogado Souhaib Bahri.
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Entrevista com a líder do movimento
Ativista ucraniana do movimento Femen é expulsa da Tunísia
Após a condenação das duas francesas e de uma alemã, a líder do grupo Femen, Inna Shevchenko, alertou que sua organização realizará novos protestos na Tunísia.
- Esta é uma decisão política que confirma o caráter ditatorial da Tunísia, que considera mais fácil colocar as meninas na prisão do que reconhecer que as mulheres têm o direito de dispor livremente de seus corpos - declarou por telefone.
- Estamos indignadas com o veredicto e vamos continuar nossas ações na Tunísia. Já estamos nos preparando, vamos expandir, multiplicar as ações. Nós não vamos parar- insistiu.
Já o advogado francês das acusadas expressou consternação e denunciou um ataque à liberdade de expressão.
- Recebi com tristeza a decisão, pois não houve infração. Esta é uma condenação muito pesada. É uma grave violação da liberdade de expressão, não só para as meninas, mas contra a liberdade de expressão em geral - disse.
As três ativistas, detidas há duas semanas, foram presas em 29 de maio, durante uma manifestação em Túnis em apoio a Amina Sboui, uma tunisiana, também integrante do Femen, presa desde 19 de maio.