O promotor do caso Oscar Pistorius, o atleta paralímpico sul-africano acusado de matar a namorada Reeva Steenkamp, afirmou nesta sexta-feira que é praticamente certo que o esportista terá uma longa condenação de prisão.
A audiência para determinar se Pistorius ficará em liberdade sob fiança foi retomada na manhã desta sexta-feira no tribunal de primeira instância de Pretória. O promotor Gerrie Nel deve concluir suas alegações.
Nel lamentou que o acusado não tenha entendido o que fez no dia 14 de fevereiro.
"Não vi em nenhum lugar, não ouvi 'reconheço que provoquei uma morte ilegalmente'", disse, antes de afirmar que as lágrimas de Pistorius são mais compaixão por si mesmo do que por remorso.
Gerrie Nel foi extremamente sarcástico ao comentar o pedido de liberdade sob fiança.
"O que entendemos é: 'entreguem meu passaporte. Deixem que eu vá embora, prosseguir minha carreira. É como se nada tivesse acontecido'", disse.
O atleta alega que confundiu a namorada Reeva Steenkamp - que matou com quatro tiros de pistola 9 mm - com um ladrão que teria invadido a casa.
O juiz Desmond Nair deve anunciar nesta sexta-feira a decisão, mas também não está descartado que aproveite o fim de semana para refletir, segundo a imprensa local.
O caso sofreu uma reviravolta na quinta-feira, quando a polícia admitiu que o principal investigador, Hilton Botha, é acusado de tentativa de assassinato, o que provocou seu afastamento do caso.