Por Liana Bazanela, mãe e empreendedora
Nesta semana, a névoa densa que cobre o horizonte trouxe inquietação, mas, ao mesmo tempo, tornou-se apenas parte da rotina. Entre um café e outro, comentamos “que horror esse tempo”, sem parar para refletir sobre o que realmente está acontecendo. Estamos respirando partículas tóxicas , observando sol com tons alaranjados em contraste com o céu cinza e agora “chuva preta” e seguimos correndo, presos às nossas atividades diárias, sem tempo para perceber o impacto disso em nossas vidas.
Normalizamos essa crise sem perceber que estamos perdendo a capacidade de agir diante do que nos ameaça
O cenário cinza que ignoramos é mais do que um fenômeno temporário; é um reflexo de anos de atitudes irresponsáveis, de desrespeito à natureza. E, seguimos falando sobre isso de forma superficial, como se o caos ambiental fosse apenas mais um inconveniente passageiro. Normalizamos essa crise sem perceber que estamos perdendo a capacidade de agir diante do que nos ameaça.
Enquanto trabalhamos e seguimos nossa rotina, o ar que respiramos piora. A poluição não afeta apenas o meio ambiente; atinge nossa saúde e as gerações futuras. Mesmo com os sinais claros de que estamos enfrentando uma crise climática, continuamos a viver como se nada estivesse acontecendo.
Nossas escolhas cotidianas precisam mudar. Pequenas atitudes, quando somadas, podem fazer diferença. E, além disso, precisamos de uma ação coletiva, envolvendo governos, empresas e indivíduos, para reverter esse cenário.
A pergunta que fica é: até quando vamos ignorar a fumaça no horizonte? O tempo para agir está passando, e cabe a cada um de nós decidir se continuaremos apenas comentando sobre a “estranheza do tempo” ou se faremos algo a respeito.