O governo do Estado vai destinar R$ 7,2 milhões ao amparo a animais resgatados na enchente no Rio Grande do Sul. Os recursos, anunciados na manhã desta segunda-feira (26), serão enviados a municípios em estado de calamidade e organizações não-governamentais (ONGs) e poderão ser empregados na compra de alimentos, remédios, no atendimento veterinário e na castração de animais.
A maior parte do valor, estimado em R$ 5,6 milhões, vai ser utilizado na compra de insumos ou para repasses a organizações não-governamentais (ONGs) e pessoas que promovam bem-estar de animais resgatados na enchente. O governo vai distribuir R$ 188 por mês a cada animal em abrigo ou acolhido em lar temporário. Além disso, mais de R$ 1,6 milhão será destinado para a castração de cães e gatos ao longo de um ano.
Os recursos são do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). A distribuição será baseada na quantidade de animais que estão abrigados ou acolhidos em lares temporários. O envio de verba terá duração de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Os municípios poderão complementar o valor.
Para seguir recebendo os recursos ao longo dos meses, as prefeituras terão que prestar contas e realizar ao menos duas feiras de adoção mensais. Outros requisitos também serão observados, como validar condições de abrigos e lares temporários, microchipar todos os animais e elaborar um plano de ação para os pets não adotados.
Os abrigos selecionados para receber os recursos também precisarão atender a alguns critérios, como a participação em feiras, terem um limite máximo de animais e não possuirem registro de maus-tratos.
Vistorias técnicas
O anúncio desta quarta foi feito pelo governador Eduardo Leite e pelo vice-governador, Gabriel Souza, que é médico veterinário. Na ocasião, também foi assinado um contrato R$ 540 mil com uma empresa de consultoria especializada que visitará os abrigos pelo Estado ao longo de nove meses.
Equipes do Instituto Medicina Veterinária do Coletivo (IMVC) farão coleta de dados, visitas técnicas, pesquisas, relatórios e propostas de ações. O trabalho será executado em todo o território gaúcho, especialmente nos 95 municípios em estado de calamidade.
Dado do governo do RS contabiliza 12,5 mil animais já resgatados desde a enchente e acolhidos em 390 abrigos. Desse total, uma parcela ainda precisa ser castrada e microchipada para assim, poder ser encaminhada para adoção.
— Fizemos parcerias com universidades da Região Metropolitana e já começamos a castrar e microchipar. Passado esse tempo da enchente, temos agora um número de 3,6 mil animais que seguem nos abrigos aguardando esse processo. Estamos trabalhando para atingir todos eles — afirma o vice-governador.