O Rio Grande do Sul ainda tem 39.595 pessoas vivendo em abrigos devido à enchente no Estado, conforme o mais recente balanço da Defesa Civil, divulgado às 9h desta sexta-feira (31). Apesar de alto, o número é 38% menor do que há uma semana — quando eram 63,9 mil pessoas nessa situação.
Além da população em abrigos, há uma grande quantidade de desalojados — aqueles que precisaram sair de casa em razão da tragédia climática, mas que estão na residência de familiares ou amigos, por exemplo.
O maior número de desalojados foi registrado em 20 de maio, com 581 mil pessoas nessa condição. No entanto, esse dado não está tendo alterações significativas nos últimos dias, e o Estado ainda tem 580.111 pessoas desalojadas.
Redução de desabrigados na Capital
Em Porto Alegre, de acordo com nota divulgada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social na quinta-feira (30), o número de acolhidos em abrigos caiu para 9,8 mil. A maior quantidade na Capital foi registrada em 13 de maio, quando 14.632 pessoas estavam em abrigos da cidade — uma redução de 32% desde então.
"A tendência é de redução, a cada semana, mas é importante que haja a oferta para as pessoas que ainda estão em situação de vulnerabilidade. Seguiremos trabalhando para manter os atuais espaços necessários e, se houver demanda, cadastrar novos abrigos", diz Luiz Carlos Pinto, coordenador da Central de Abrigos da prefeitura.
Outros números da Defesa Civil
Segundo o boletim mais recente da Defesa Civil, 473 municípios foram afetados pela enchente no Rio Grande do Sul. O número de mortes é de 169, e 44 pessoas continuam desaparecidas.
Desde o começo da crise climática, mais de 2 milhões de pessoas foram atingidas no Estado. O número de resgates realizados pelas forças de segurança do Estado é de mais de 77 mil pessoas, enquanto o de animais é de mais de 12 mil.