Mais de 12 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes em Montenegro, no Vale do Caí. De acordo com o prefeito, Gustavo Zanatta, 8 mil pessoas estão desalojadas e 650 desabrigadas, essas últimas instaladas nos três abrigos oficiais do poder municipal. No momento, a prefeitura precisa de 8 mil colchões para ajudar as famílias afetadas na cidade.
A cidade está ilhada e o acesso a Porto Alegre, por exemplo, está levando mais de 3 horas. São cinco os principais bairros afetados: Industrial, Ferroviário, Olaria, Centro (parte baixa) e Municipal. Na medição das 17h desta segunda-feira (13) o nível do Rio Caí na cidade estava em 8m74cm. Acredita-se que o nível passe dos nove metros. A cota de inundação é de 6m.
Na noite de domingo (12), a prefeitura pediu que a população moradora da área de risco fosse para abrigos ou casa de parentes nas partes mais altas da cidade.
Essa medição é feita com uma régua nova, não a utilizada nas enchentes anteriores. Isso pode estar gerando diferença nas medições se comparadas a cheias anteriores, conforme explica Zanatta:
— A avaliação que fazemos por essa régua está 40 centímetros abaixo da régua que usávamos historicamente. A régua antiga, que registramos nas últimas enchentes e que marcou em novembro de 2023 9m01cm, se perdeu nesta enchente. Colocamos uma nova régua que acreditamos que esteja abaixo do que medíamos antes.
Além dos abrigos, a cidade conta com um centro de distribuição de roupas, produtos de higiene e limpeza, atendimento médico e de vacinação. Também é necessário roupas de cama.