A enchente do Rio Taquari assolou pela terceira vez, em período de sete meses, o município de Cruzeiro do Sul. Com mais da metade da população fora de casa, a cidade de 12.402 habitantes é a que registrou o maior número de mortes na região do Vale do Taquari: são 15 mortos e 12 desaparecidos.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (29), o prefeito João Henrique Dullius disse que os danos estão estimados em cerca de R$ 1 milhão. Disse ainda que em torno de 1,2 mil casas foram completamente devastadas no município, metade do bairro Passo de Estrela, ponto mais atingido de Cruzeiro do Sul.
Entre os mais prejudicados, o prefeito citou os agricultores, que utilizaram linha de crédito oferecida pelo governo nas enchentes de 2023 e ainda não se recuperaram.
— Aquele pessoal da agricultura que tinha um empréstimo feito lá, juntamente com aquilo que era a sua produção, foi totalmente arrancado. Eles estão com a dívida e estão sem o seu trabalho, então isso é muito difícil, vamos dizer assim, recomeçar para essas pessoas, é por isso que a gente precisa da agilidade do governo federal e do governo do Estado — destacou.
Além disso, o prefeito ressaltou o trabalho de acolhimento dos desabrigados e limpeza da cidade:
— De certa forma em alguns lugares a gente já começa a ter um certo alívio porque a gente está conseguindo limpar as ruas — afirmou.
Dentre uma das maiores preocupações, Dullius citou a chegada do inverno, que tende a ser rigoroso. Ele alega que a administração trabalha para oferecer o mínimo de conforto para a população.
— Nossas equipes estão trabalhando muito forte para que a gente possa dar o mínimo de conforto a essas pessoas que estão nos abrigos. São pessoas trabalhadoras que saem de manhã cedo, voltam à noite e essa é a preocupação da administração municipal.