Alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) organizaram um protesto contra a falta de ar-condicionado nas salas de aula. Na manhã de quarta-feira (20), um grupo de estudantes vestiu-se com roupas de banho na "prainha", uma escadaria no Campus Monte Alegre, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista.
Em uma semana com recordes de temperaturas, São Paulo registrou o terceiro verão mais quente da história da cidade. De acordo com o g1, os alunos ressaltaram que pagam altas mensalidades que acreditam não serem condizentes com a falta de estrutura para enfrentar o calor.
O chamado "biquinaço" foi promovido pelo Spotted PUC SP, uma página de relacionamentos do Instagram em que alunos podem procurar pessoas que têm interesses mútuos. Os centros acadêmicos de ciências sociais, jornalismo, direito e serviço social também participaram do protesto.
Conforme o g1, o perfil já havia impulsionado outras manifestações anteriores, como propostas de implementação de catracas e contratação de seguranças. Os estudantes relataram que a situação da falta de ar-condicionado para enfrentar as altas temperaturas afeta toda a comunidade acadêmica, e não apenas os alunos, estendendo-se a professores e servidores.
Outras reclamações foram somadas às queixas dos manifestantes. Assuntos como a permanência do corpo estudantil, o valor das refeições do "bandejão" da universidade e denúncias de supostos professores racistas também foram discutidas no protesto. Diversos participantes do ato se fizeram presentes sem vestir biquínis.
A PUCSP emitiu uma nota em resposta à manifestação. Segundo a universidade, entre as 191 salas de aula do Campus Monte Alegre, 43 possuem ar-condicionado e 148 contam com dois ventiladores. Nenhum espaço de aula ou palestra estaria sem sistema de ventilação. A instituição ainda disse estar ciente de que a situação não é a ideal, e afirmou que uma ampliação do sistema está prevista para este ano.
