A intensa chuva registrada na fronteira oeste do Estado traz preocupação a prefeituras e Defesa Civil neste sábado (16). A precipitação começou ainda na manhã de sexta-feira (15), em pancadas volumosas, e em intervalos, fazendo com que a água fique acumulada nas ruas.
Os cenários mais críticos são em Uruguaiana e Alegrete. Os dois municípios registram alagamentos em residências, comércios e nas ruas. Equipes da Defesa Civil e das prefeituras atuam com maquinários, como retroescavadeiras, abrindo valas para tentar fazer a água escoar o quanto antes.
Não há casos de pessoas feridas nem desalojadas ou desabrigadas. Tampouco houve destelhamentos.
Em Uruguaiana, neste sábado, chove forte desde as 8h, e até as 11h foram registrados quase 30 milímetros de chuva. Na sexta, até o fim do dia, havia chovido 149 milímetros, segundo a Defesa Civil. A média no mês no município é de 150 milímetros, segundo o coordenador da Defesa Civil local, Paulo Woutheres.
— A gente já sabia que teria chuva na sexta, mas não com essa itensidade. Sexta, em uma hora e meia de chuva, tivemos 100 milímetros. Agora já passou o esperado para o mês todo, e a previsão é de chuva até quarta. Vamos torcer para que o volume diminua — disse.
Em Alegrete, a chuva já passou dos 200 milímetros de água desde sexta. Neste sábado, o tempo está nublado e a chuva segue, mas faz calor. A água também alagou ruas e casas, mas não deixou feridos nem desabrigados.
A maior preocupação das equipes locais neste sábado é em relação ao Rio Ibirapuitã, que se aproxima da cota de atenção. Ele passa dentro da cidade de Alegrete e se transbordar invade o perímetro urbano.
— O rio não tem uma grande profundidade, e a nascente é em Livramento, onde também está chovendo. É a nossa grande preocupação neste sábado em Alegrete, que ele transborde — explica o coordenador da Defesa Civil na Fronteira Oeste, Sandro Martins.
Também chove em outros municípios da Fronteira Oeste, como São Francisco e Quaraí, mas não há registro de problemas ou alagamentos, conforme o coordenador.