Aluno de Medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA), André Rodrigues Ataíde foi preso de forma preventiva nessa sexta-feira (29) sob suspeita de fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no lugar de dois candidatos. Os estudantes foram aprovados em Medicina na UEPA.
A hipótese é que Ataíde tenha usado documentos falsos para driblar a fiscalização. De acordo com a Polícia Federal, as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos estudantes. A fraude foi praticada em 2022 e 2023, mas a Polícia Federal apura se outros candidatos também não foram aprovados pela mesma estratégia criminosa. Os estudantes que ingressaram na UEPA não tiveram a identidade revelada.
A defesa de Ataíde vai pedir pela revogação da prisão por entender que a liberdade do estudante não prejudica as investigações. Ataíde foi localizado nessa sexta na casa de familiares, em Belém, e teve a prisão efetuada.
— André não estava foragido, e o motivo dele ser encontrado na casa de familiares, em Belém, se dava em razão do feriado da Semana Santa e de um tratamento médico que o estudante vem realizando na capital paraense — disse o advogado Diego Adriano Freires, em nota enviada à reportagem.
A UEPA afirmou, também em nota, que os três alunos foram suspensos para garantir a "transparência da apuração", e diz que "realiza um processo disciplinar interno sobre o caso".