A prefeitura de Joinville, em Santa Catarina, retomou nesta terça-feira (30) a captação e distribuição de água da Estação de Tratamento de Cubatão (ETA), que abastece a maior parte dos bairros da cidade. A medida foi tomada menos de um dia após o tombamento de um caminhão que derramou ácido sulfônico no Rio Seco.
Por ser afluente do Rio Cubatão, a água contaminada atingiu a região de captação com diluição de ácido sulfônico acima do aceitável, de 0,5 miligramas por litro (mg/L). Por isso, a captação foi suspensa às 10h de segunda-feira (29). Segundo a prefeitura, o pico de concentração da substância na água, de 1,09 mg/L, foi atingido às 14h30min de segunda, e a partir daí passou a baixar.
De acordo com o órgão, na manhã desta terça, às 5h, a concentração era de 0,3 mg/L; às 5h30min, passou para 0,29 mg/L; e às 6h foi de 0,33 mg/L. "Considerando que o recomendado é abaixo de 0,5 mg/L e as três últimas amostras apresentaram este resultado, a ETA Cubatão foi religada”, informa nota da administração municipal.
Foram 34 bairros afetados, atingindo 75% da população. A distribuição aos reservatórios para abastecimento da cidade foi restabelecida por volta das 11h, quando análises laboratoriais, após o processo de tratamento, consideraram a água potável e dentro dos parâmetros recomendados para consumo.
De acordo com a prefeitura, “os locais mais próximos dos reservatórios terão abastecimento restabelecido ainda nesta terça-feira”.
Meio ambiente
Desde segunda-feira, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina monitora a região da Serra Dona Francisca, em Joinville, que foi afetada pelo ácido sulfônico, para avaliar extensão do dano ambiental. Até o momento, não houve atualização sobre mortandade de peixes ou animais em decorrência da contaminação.
Situação de emergência
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicou ainda na segunda, em edição extraordinária do Diário Oficial da União, portaria que reconhece a situação de emergência decretada pelo município. A medida viabiliza ações de políticas públicas para diminuir o impacto de contaminação “em decorrência de extravasamento de produtos perigosos transportados no modal rodoviário”.