Cinco cidades do Vale do Paranhana decretaram situação de emergência até esta terça-feira (21) por causa das enchentes do último final de semana. Emitiram o decreto os municípios de Taquara, Parobé, Igrejinha, Três Coroas e Riozinho. O prefeito de Rolante, Pedro Luiz Rippel, que está em Brasília, afirmou para a reportagem de GZH que também pretende decretar situação de emergência.
Em Taquara, com a elevação do Rio Paranhana e do Rio dos Sinos, o prejuízo é estimado em R$ 4,6 milhões.
— Ainda não foram mensurados os danos no setor agropecuário, que elevarão ainda mais esse número, infelizmente — lamenta a prefeita Sirlei Teresinha Bernardes da Silveira.
Segundo o Executivo de Taquara, ainda há 60 pessoas desabrigadas e 500 desalojadas. O número no final de semana era de 4.576 pessoas desalojadas e 122 desabrigadas. Mais de 1,1 mil casas foram atingidas no município.
De acordo com o coordenador de Defesa Civil, Alessandro Santo, foram danificadas duas pontes em Padilha, uma em Passo da Ilha e três passagens molhadas no distrito de Pega Fogo. Também houve danos em parte da Escola Estadual Hermínia Marques, no distrito de Rio da Ilha, e perda do acervo da biblioteca da Escola Municipal Alípio Alfredo Sperp, que fica no bairro Santa Maria.
Três Coroas
Já em Três Coroas, não há ainda um levantamento dos prejuízos. Conforme o prefeito Alcindo de Azevedo, quatro localidades estão ilhadas e sem energia elétrica: Bororo, Águas Brancas, Estrada de Serra Grande e Furnas.
— Ainda há pessoas em casas de parentes e amigos, mas não há abrigos públicos montados. Temos a central de doação no Ginásio Municipal de Esportes, no centro da cidade. Tínhamos mais de mil desalojados que já voltaram para casa. Três escolas e duas creches tiveram as atividades paralisadas, mas as aulas estão retornando hoje — afirma o coordenador da Defesa Civil municipal, Augusto Dreher.
Parobé
Em Parobé, 728 casas foram atingidas e o número de desalojados chegou a 3,5 mil. Conforme a prefeitura, a estimativa de prejuízo às residências atingidas é de R$ 1,4 milhão, e o prejuízo nas estradas do interior é de R$ 400 mil. Os bairros mais afetados são Mariana, XV de junho e Paraíso.
— Eu nunca tinha visto a água subir tão rápido e com tanta intensidade. Das outras vezes, a gente ia de caminhão para tirar as coisas das pessoas; desta vez, só trabalhamos de barco. Muito triste — avalia o prefeito Diego Picucha.
Riozinho
A prefeitura de Riozinho afirma que o município chegou a ficar ilhado por 24 horas no final de semana.
— Ainda temos famílias ilhadas na localidade de Chuvisqueiro, no interior do município. São cerca de 35 pessoas, inclusive algumas crianças não podem participar das aulas. Na cidade, tivemos deslizamentos, desmoronamentos e muitas árvores caíram — explica o prefeito Alceu Marcos Pretto.
De acordo com o chefe do Executivo, as equipes trabalharam com uso de escavadeira hidráulica na tarde desta terça para desobstruir o acesso à localidade, no entanto, a liberação total de todos os pontos impactados pode levar até uma semana. Segundo Pretto, as 15 famílias ilhadas moram em propriedades rurais e possuem alimentos, água e energia elétrica no local.
Igrejinha
Em Igrejinha, 4,8 mil imóveis foram atingidos. Mais de 12 mil pessoas foram afetadas. sendo que 600 ficaram desalojadas ou desabrigadas no fim de semana.
— Não temos mais ninguém no abrigo municipal, então as pessoas que estão com alguma dificuldade estão em casas de familiares. Quanto aos prejuízos, o número ainda está em apuração devido à extensão do fenômeno climático, e a gente ainda não tem um número oficial — declara o prefeito Leandro Horlle.