Acompanhado de oito ministros e representantes de diversas pastas (Meio Ambiente, Defesa, Saúde, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Comunicação Social, Previdência, Cidades e Integração e Desenvolvimento Regional), além de dirigentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, chegou ao Rio Grande do Sul por volta das 9h.
Da Base Aérea de Canoas, onde desembarcou e era aguardado pelo governador Eduardo Leite, seguiu de helicóptero ao Vale do Taquari. A primeira parada foi no hospital de campanha erguido em Roca Sales, segundo munícipio com maior número de mortes (10) - atrás de Muçum, que contabiliza 16 mortes.
Montado durante a madrugada com recursos da Força Nacional do SUS e equipamentos do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o hospital tem 20 profissionais atuando no atendimento às vítimas da enchente. No local, há também estrutura para primeiros socorros e três leitos de estabilização para pacientes graves. O complexo abriga ainda ambulâncias e central de distribuição de medicamentos.
Na sequência, as autoridades caminharam por cerca de um quilômetro pelas ruas do Centro, vistoriando as áreas destruídas.
— Pega uma vassoura, vem ajudar — gritou um homem que limpava uma loja tomada pelo barro.
Alckmin seguiu em frente, parou diante de um arroio que estourou, onde recebeu mais informações sobre o desastre de Amilton Fontana, prefeito de Roca Sales. Em seguida, embarcou no veículo e seguiu em comitiva para Muçum.
O grupo entrou por um acesso secundário, indo direto à Avenida Nossa Senhora de Fátima, uma das zonas mais devastadas de Muçum. Costeira ao Rio Taquari, a via perdeu quase todas as construções ribeirinhas.
Logo na chegada, foi interpelado pelo prefeito de Muçum, Mateus Trojan, que entregou uma pasta com demandas do município. De caneta em punho, Alckmin sublinhou os pedidos mais urgentes.
Da rua, observou a marca que a correnteza havia deixado no topo das casas.
— Chegou no telhado — surpreendeu-se.
Enquanto conversava com moradores e autoridades locais, foi abordado pela professora municipal Sandra Lanzoni
— A gente tá sendo bem assistido. Mas precisamos de crédito, sem burocracia. É a primeira vez que eu preciso do governo. A gente confia no senhor — clamou Sandra, que perdeu a casa e só conseguiu salvar os pais porque colocou o casal num carro que fugia da enchente.
Alckmin ficou menos de meia hora em cada município e retornou para Lajeado, onde se reúne com prefeitos da região.