Quase 200 pessoas estão fora de casa em Tapes, no sul do Estado, conforme informação divulgada pela Defesa Civil do município nesta quarta-feira (27). Segundo a entidade, são pelo menos 80 moradores desabrigados e 100 desalojados. Somente nesta quarta, oito famílias foram removidas das residências pelo órgão. Além do trabalho de remoção, foram feitas visitas em residências nas áreas mais atingidas, que são a Vila dos Pescadores, o Centro e o bairro Pinvest.
— Fomos de casa em casa com as nossas equipes. Quem precisava ser retirado, nós já retirávamos. E quem não precisava, então tínhamos equipe para erguer os móveis, colocar em cima de pallets ou algum material mais alto para a água não atingir. Isso a gente fez em toda a costa — explica o coordenador da Defesa Civil municipal, Adan Bunilha.
Há três abrigos montados na cidade que recebem os moradores que necessitam: o Centro Integrado Municipal Alvinho, a Escola Estadual Miguel Nunes Rebello e a Associação dos Pescadores.
Conforme Bunilha, a Lagoa dos Patos está a mais de 2 metros acima do nível considerado normal. Um dos fatores que influenciou a elevação foi o vento sul que atingia a região durante parte do dia e que intensificou a formação de ondas com mais de 1 metro de altura, esclarece. Estas condições favoreceram o avanço da água em diversas moradias. Somente a partir das 16h é que a água começou a baixar no município.
Pelo menos 10 casas foram destruídas com a inundação. A força da água trouxe danos à região da orla e também em diversas estradas. Somados os estragos já registrados, a estimativa inicial da Defesa Civil do município é de prejuízos que superam R$ 3 milhões.
Não há feridos nem desaparecidos em Tapes por conta da cheia.
O município recebe doações de alimentos, colchões, cobertores, fraldas e materiais de higiene que serão repassados às famílias atingidas.
