A despeito das dificuldades enfrentadas pelos clientes no ciclone extratropical do mês passado, a CEEE Equatorial não prevê mudança na atuação para enfrentar os efeitos do novo fenômeno climático que atinge o Estado entre esta quarta (12) e quinta-feira (13). Ainda que em pontos isolados, pessoas chegaram a ficar quase uma semana sem energia elétrica.
Em entrevista concedida nesta quarta, o presidente do grupo, Raimundo Barretto Bastos, afirmou que a companhia está empregando "força máxima" para trabalhar em eventuais reparos, mas afirmou que não haverá mudanças na capacidade de resposta aos problemas e nem previu reforços em equipamentos ou na mão de obra mobilizados.
— Do último evento para esse não tem diferença de capacidade de resposta. Claro que cada vez que a gente tem um evento desse a gente vai aprendendo para fazer melhor no próximo — disse Bastos, antes de participar da reunião-almoço Tá Na Mesa, da Federasul.
O executivo mencionou que a companhia mobilizou 500 equipes (formadas por entre dois e cinco homens trabalhadores) para atuar em eventuais casos de interrupção de energia.
— Acho que até tivemos um bom desempenho no último evento, porque o evento foi muito intenso, muito violento. Todo nosso trabalho passa por ter uma boa coordenação do nosso centro de operação integrada — relatou.
No último ciclone, entre 15 e 16 de junho, 420 mil clientes ficaram sem energia elétrica na área de concessão da CEEE. Na apresentação feita na Federasul, o presidente do grupo salientou que 89% dos casos foram solucionados em até 24 horas.
Estimativas de retorno
Ainda na entrevista coletiva, Bastos afirmou que não há perspectiva de que a empresa volte a repassar uma estimativa de prazo para o retorno da energia assim que é informada da interrupção no fornecimento, como ocorria antes da privatização, em 2021. Segundo ele, a informação imediata não tem "nenhuma sustentação".
— No momento que você recebe um SMS e dá uma resposta imediata, não avaliou sequer o que aconteceu com aquela interrupção, o que causou aquilo. As estimativas eram dadas sem nenhuma base — explicou.