O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse ao programa Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (19), que devem ser liberados nesta semana recursos para auxiliar os municípios afetados pelo ciclone extratropical. O processo depende do encaminhamento dos decretos pelas prefeituras das regiões.
Conforme relatou o ministro, a pasta está desde sábado (17) em contato com as prefeituras dos municípios — outras quatro reuniões estão planejadas para esta segunda-feira. Nesses encontros, o ministério tem prestado assessoramento para a construção dos decretos de emergência, com base em três frentes de trabalho: ajuda humanitária, reestabelecimento (tirar pessoas do isolamento, limpar lugares e desobstruir estradas) e reconstrução (construir casas populares e reerguer pontes e estradas destruídas).
— Trabalhamos os três planos ao mesmo tempo, mas de forma separada, para evitar problemas burocráticos — esclareceu Góes.
Segundo o ministro, se os planos de ajuda humanitária ficarem prontos após essas reuniões, as verbas poderão ser repassadas logo após a publicação no Diário Oficial dos decretos. Os valores serão destinados à compra de cestas básicas, roupas, produtos de higiene e demais itens essenciais à população afetada.
— Não podemos repassar (a verba) sem a prefeitura dizer qual necessidade. Isso poderá ser feito ainda hoje. Estamos preparados para liberar recursos desde sábado — explicou.
Agilidade nos decretos de emergência
Góes orienta que os prefeitos não demorem em encaminhar os decretos de emergência porque isso poderá atrasar o repasse das verbas. Uma solução, segundo o ministro, é enviar vários pedidos e não deixar acumular todas as demandas.
— Não há problema de um mesmo município entrar com vários planos. Não podemos esperar que todos fiquem prontos. É importante os planos irem sendo feitos para já irmos liberando recursos. Essa é a orientação dada aos prefeitos e equipes do governo — afirmou.
O ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul deixou mais de 4 mil pessoas desabrigadas. Até o momento, o número de mortos confirmados no Estado é de 13 pessoas e outras três seguem desaparecidas. A Defesa Civil estima em 2,1 milhões o número de afetados pelo fenômeno.
*Produção: Filipe Pimentel