A ponte entre os municípios de Santo Antônio da Patrulha e Caraá, no Litoral Norte, que desabou na noite de quinta-feira (15) devido às fortes chuvas, ganhará um reparo emergencial para permitir novamente o fluxo de veículos.
Segundo o secretário estadual de Logística e Transporte, Juvir Costella, uma empresa foi contratada e os operários iniciaram os trabalhos na manhã desta segunda-feira (19). A expectativa é de que a estrutura provisória esteja pronta na quarta (21).
— O objetivo do governo é permitir que as pessoas se desloquem novamente pela cidade, para que veículos, ambulâncias, e até as doações possam chegar mais facilmente a Caraá — disse, após reunião do governo com as prefeituras do Litoral Norte impactadas pelo ciclone, nesta segunda-feira.
A parte da ponte de tijolos que desmoronou receberá uma estrutura provisória chamada de “passagem molhada”. A construção consiste em uma espécie de aterramento com pedras no corpo d’água, atravessadas por tubulações que permitem a passagem da água do Arroio Carvalho. Sobre a área, a estrutura permitirá a passagem de veículos e pessoas.
— Depois que o acesso emergencial for feito, retomaremos a reconstrução da estrutura original e vamos acionar a engenharia para, futuramente, construir uma nova ponte no local — projetou o secretário.
Em um primeiro momento, o foco é em ajuda humanitária, obtenção e distribuição de recursos entre as comunidades mais afetadas pelo ciclone extratropical que atingiu o Estado. Em reunião na manhã desta segunda, em Osório, o governo estadual colocou à disposição as secretarias, para que cada prefeitura encaminhe diretamente suas demandas. O vice-governador Gabriel Souza afirma são aguardadas informações detalhadas das prefeituras, sobre quantidade de pessoas desalojadas, para a liberação de recursos federais e estaduais.
O subcomandante da Brigada Militar, coronel Douglas Rosa, anunciou que deslocará soldados para reforçar as equipes de limpeza da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro José Borba, instituição de ensino mais impactada em Caraá.
O militar sugeriu que a escola seja utilizada como centro de atendimento à população, com todos os serviços municipais e estaduais disponíveis, além da distribuição de donativos. A prefeitura já dispõe de um espaço, mas não descartou a ideia do coronel Rosa.