O volume expressivo de chuva, principalmente durante o fim de semana, causou transtornos ao longo dos 700 quilômetros de estradas vicinais do município de Mostardas, no sul do Estado.
Segundo a prefeitura, mais de 240 milímetros de chuva foram registrados de quinta-feira (4) a domingo (7), provocando alagamentos e impedindo o acesso a comunidades rurais, quilombolas e balneários.
A gestão municipal suspendeu o transporte coletivo e o transporte escolar em todas estradas vicinais nesta segunda (8) e terça-feira (9). De acordo com o prefeito, Moisés Pedone, em torno de 140 alunos foram prejudicados e terão que recuperar as aulas nos próximos dias.
Das 13 escolas municipais de Mostardas, duas tiveram cancelamento das atividades nesta segunda em razão do problema de deslocamento: a Escola Anita Garibaldi, no Balneário Mostardense, e a Escola Bento Gonçalves, no distrito Rincão do Cristóvão Pereira.
De acordo com secretária de Governo, Laís Teixeira, 50 estudantes foram atingidos com a medida. Autoridades analisarão o cenário até o fim do dia para determinar se as atividades poderão ser retomadas na terça-feira.
Durante o fim de semana, equipes da Secretaria de Obras trabalharam nas estradas para tentar amenizar os estragos.
— Essa noite choveu muito. Como hoje o tempo já começou a abrir, esperamos que até amanhã à tarde as águas possam escoar para conseguirmos normalizar as linhas do transporte escolar — estima o prefeito.
Falta de luz
Outro efeito dos temporais foi a falta de luz. Conforme a última atualização da CEEE Equatorial, divulgada na manhã desta segunda-feira (8), pelo menos 6 mil pontos ainda estão sem energia elétrica na área da concessionária. A maioria são moradores do centro-sul do Estado (2,2 mil clientes), Região Metropolitana (1,6 mil) e sul (1,6 mil clientes).
Um dos municípios mais afetados é São Lourenço do Sul, no sul do Estado. Por volta da meia-noite, ainda havia 3 mil pontos sem energia. Piratini, Pelotas e Viamão também estão na lista. A empresa afirma que equipes estão nas ruas para restabelecer o abastecimento.
Em Porto Alegre, há apenas pontos isolados, conforme a companhia.