O município de Progresso, no Vale do Taquari, já está há 15 dias enfrentando dificuldades para manter o abastecimento de água. De acordo com o secretário de Agricultura da cidade, Ronaldo Paloschi, o caminhão pipa da prefeitura faz entre quatro e cinco carregamentos diários de 10 mil litros de água desde a primeira semana de dezembro.
— A última chuva que caiu foi em 12 de dezembro. Falta água para alguns produtores de aves e de suínos, e também para consumo das pessoas — explicou Paloschi nesta quinta (22).
No começo de 2022, a estiagem forçou medidas semelhantes entre janeiro e março. Para o verão de 2023, que iniciou nesta quarta (21), o panorama parece se repetir começando ainda mais cedo:
— A cada dia são três ou quatro novos chamados de pessoas sem água potável para beber ou para manter os animais. É uma situação bem complicada. Para as plantações a chuva que caiu até que salvou, mas para consumo está bem agravada a situação — avalia.
O município pleiteia um reforço ao poço artesiano que abastece a cidade. A prefeitura mobiliza deputados da região e planeja buscar ajuda do Estado a partir dos primeiros dias do próximo ano para ampliar a captação de água subterrânea.
Os prognósticos meteorológicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam cerca de 60% de chuva para a região entre o próximo domingo (24) e a segunda-feira de Natal. No entanto, o acumulado não alcançaria os 30 milímetros, marca suficiente apenas para manter vivas algumas plantações da região, de acordo com o responsável pela agricultura de Progresso.
— Precisa chover de forma calma e contínua, até acumular entre 150 e 200 milímetros, para que melhore a situação. As vertentes estão sumindo e os rios aqui pelo interior estão bem parados — conclui o secretário.