O Ministério Público do Rio Grande do Sul lança nesta segunda-feira (28) o Projeto Voz e Vez das Mulheres. A cerimônia de lançamento ocorre às 10h na Promotoria de Justiça, em Santo Ângelo. O projeto busca desenvolver estratégias para manter as mulheres que foram vítimas de violência doméstica vinculadas ao Ministério Público ao longo do processo.
A previsão é que a iniciativa comece em março e a seleção das participantes ocorra nos dois primeiros meses de 2023.
O projeto vai ocorrer em três diferentes etapas e deve contar com o apoio de voluntários facilitadores que são especialistas em diversas áreas, como psicologia, assistência social, administração, tecnologia da informação, contadoria e marketing. Vão ser promovidos encontros semanais ou quinzenais com um grupo de 12 mulheres, para que possam compartilhar suas trajetórias.
Nos primeiros 45 dias, durante a primeira etapa, vão ocorrer três reuniões com rodas de conversa entre as participantes. Na segunda fase, que vai ter a duração de nove meses (em referência ao tempo de uma gestação), cada trimestre vai observar os momentos da vida das atendidas. O objetivo é trabalhar a forma como elas olham para o próprio passado, presente e as perspectivas e projetos para o futuro. A terceira etapa envolve um acompanhamento das participantes e deve ter a duração de 45 dias.
A promotora Fernanda Broll Carvalho de Almeida, que é uma das coordenadoras do projeto, afirma que a medida busca auxiliar no resgate da autoestima e fortalecimento emocional das mulheres vítimas de violência doméstica.
— Nós constatamos que não adianta entrar com um projeto de geração de renda e autonomia para essas mulheres, se elas não têm forças para seguir em frente. O projeto visa esse lado emocional — esclarece.
O Projeto Voz e Vez das Mulheres foi uma proposta iniciada pelas integrantes do movimento POA Inquieta, Bendito Design e BValle Comunicações. A iniciativa ocorre por meio do Grupo Especial de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.