O empresário Thiago Brennand foi solto após pagamento de fiança, de acordo com informações divulgadas pela sua defesa na noite desta sexta-feira (14). Brennand havia sido capturado por forças de segurança na quinta-feira (13), em Abu Dhabi, com auxílio da Polícia Federal (PF) e por ordem da Justiça brasileira.
O valor da fiança e detalhes sobre a soltura não foram divulgados. A ação foi confirmada por um dos defensores de Brennand, que se disse impedido de dar mais detalhes devido ao sigilo profissional.
Brennand deve aguardar em liberdade o processo de extradição. Ele se comprometeu a manter o mesmo endereço já declarado às autoridades dos Emirados Árabes e a comparecer às audiências judiciais quando for solicitado. Mesmo com sua soltura, o processo de extradição deve prosseguir.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que um eventual processo de extradição em casos como o de Thiago Brennand tem início com um pedido do Judiciário brasileiro, sendo processado em seguida pelo ministério. O tempo de tramitação e julgamento do pedido de extradição pelas autoridades dos Emirados Árabes dependerá da legislação interna daquele país.
A prisão preventiva de Thiago Brennand havia sido decretada após ele descumprir a determinação da juíza Érika Soares de Azevedo Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, para entregar à Justiça seu passaporte até 23 de setembro. O empresário havia deixado o país após ser denunciado por lesão corporal e corrupção de menores.
Além disso, ao menos 10 mulheres acusam Thiago Brennand por crimes que vão de assédio sexual a estupro. Em três casos, ele teria mandado tatuar as iniciais de seu nome no corpo das mulheres. As denúncias estão sendo apuradas pelo Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência (NAVV) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Também nesta sexta-feira, o juiz Jorge Panserini, da 1ª Vara de Porto Feliz, no Estado de São Paulo, decidiu colocar o empresário no banco dos réus mais uma vez, justamente por uma série de crimes praticados contra uma vítima forçada a fazer tatuagem com suas iniciais. O magistrado ainda impôs um novo pedido de prisão preventiva ao empresário, como garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.