Após o temporal da segunda-feira (11), 70 mil pontos seguem sem energia elétrica no Rio Grande do Sul no começo da manhã desta terça (12). São 46 mil clientes na área da CEEE Equatorial, principalmente nas cidades de Pelotas e Rio Grande, no sul do Estado; e 24 mil na porção atendida pela RGE, com maior concentração nas regiões Central, Serra e Pampa.
Em balanços divulgados por volta das 7h, as duas concessionárias afirmaram que trabalham para normalizar o abastecimento. Às 23h da segunda-feira, eram 144 mil pontos sem luz — no auge do problema, 160 mil chegaram a registrar a falta de energia.
Foram registradas registradas queda de granizo e rajadas de vento que alcançaram 90 km/h entre a noite de segunda e a madrugada desta terça. Conforme a Climatempo, o Estado registrou acumulados entre 30mm e 55mm nas regiões Sul, Centro-Sul e Central. Em Jaguarão, no Sul, o acumulado até as 4h desta terça-feira foi de 55,2 mm. Em Pelotas e Arroio Grande, também no Sul, houve 43,2 e 44 mm, respectivamente. Em Santa Maria, no centro do RS, o acumulado foi de 40,4 mm.
Também entre a noite de segunda-feira e madrugada de terça, em São José dos Ausentes, na Serra, o vento alcançou velocidade de 98,6 km/h e Canguçu, no Sul, chegou a 81,4km/h. Também no sul do RS, Cambará do Sul registrou 72km/h, mesma velocidade registrada em Santa Rosa, no Noroeste.
Estragos
Em Pelotas, houve registro de queda de árvores na segunda-feira. O mesmo ocorreu em Morro Redondo e Pedras Altas. Em Pedro Osório, a queda de uma árvore interrompeu a RS-706.
Em Rio Grande, o temporal causou estragos na Santa Casa. De acordo com a instituição, não há feridos nem prejuízo à assistência dos pacientes, apenas danos materiais, e equipes estavam mobilizadas para restabelecer as áreas afetadas. Entretanto, o hospital estava atendendo somente pacientes encaminhados por ambulância, devido à superlotação.
A Santa Casa salienta ainda que situações pontuais, como alagamentos, já foram contidas. Um vídeo que circula nas redes sociais mostrando a queda de um forro é verídico, e o fato ocorreu em frente ao ambulatório bucomaxilo. A situação já foi contida, e a área, higienizada e isolada. Ninguém ficou ferido.
Houve também entrada de água em parte do Praça Rio Grande Shopping, que foi isolada, de acordo com a direção do estabelecimento. Uma equipe trabalhava para fazer a limpeza da área, e o shopping operava normalmente.
Em Santa Vitória do Palmar, o forte vento causou o destelhamento de quatro residências. As famílias atingidas receberam lonas para cobrir os telhados.
Em Pinheiro Machado, o problema foi o excesso de chuva. Houve registro de alagamentos pela cidade. Mas, até o momento, não havia informações de danos.
Destelhamento na Fronteira Oeste
Na região da Fronteira Oeste, a última atualização da regional da Defesa Civil informava estragos somente em Alegrete. No município, um galpão foi destelhado pela força do vento, mas sem deixar feridos.
Houve ainda registro de temporais em Uruguaiana e Santana do Livramento, mas sem informações acerca de danos.
Outras regiões do Estado também contabilizam estragos em decorrência do temporal. Na serra gaúcha, a cidade de Canela registrou quedas de postes e de árvores na zona rural. Segundo o Corpo de Bombeiros do município, não há feridos e nem estruturas danificadas.