Sobrevivente do incêndio que deixou 11 mortos em Carazinho, Jeferson Ricardo da Silveira, 32 anos, recebeu alta do Hospital Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul, na última segunda-feira (25). O paciente havia sido transferido para a cidade do Vale do Rio Pardo no dia 21 de julho, já com quadro estável.
Antes, Jeferson estava em recuperação no Hospital Cristo Redentor em Porto Alegre, onde internou no dia 25 de junho, para tratar uma queimadura de via aérea causada pela fuligem gerada pelo incêndio.
No começo de julho, o paciente ainda estava em ventilação mecânica e estado grave, na UTI. A situação mudou a partir do dia 6 de julho, quando o estado de saúde começou a melhorar e ele passou a respirar sem ajuda de aparelhos.
O incêndio ocorreu no final da noite do dia 23 de junho, no Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos de Carazinho (Cetrat), no Norte do Estado. O Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou, também na última segunda-feira, que mais uma vítima foi identificada. O nome dela, no entanto, não foi divulgado.
Com isso, são quatro pessoas com identidade confirmada pelo DNA. Até agora, sete das nove famílias de vítimas forneceram o material comparativo para identificação por este procedimento. Segundo o IGP, em quatro casos o material genético foi fornecido exclusivamente pelas irmãs das vítimas, aumentando o tempo de processamento genético.
As demais identificações serão processadas assim que chegarem as amostras dos familiares que estão pendentes. O departamento afirma que as identificações humanas são tratadas como prioridade e não há fila de espera. Há cinco mortos ainda sem confirmação da identidade e seis vítimas já identificadas. Além das quatro que tiveram a confirmação por DNA, outras duas foram constatadas pela arcada dentária e por um hospital.
O prazo para conclusão do inquérito que investiga o incêndio encerraria no dia 23 de julho, mas a delegada Rita Felber de Carli já havia adiantado que pediria prorrogação por mais 30 dias. Ela alega que há testemunhas que ainda precisam ser ouvidas, assim como resultados das perícias que precisam ser analisados antes da conclusão do caso.
Conforme o IGP, o laudo que pode atestar o que causou o fogo está em produção e deve levar mais 10 dias para ser finalizado.