O pastor Edilson Batista de Oliveira, responsável pelo Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos (Cetrat) de Carazinho, na Região Norte, conversou rapidamente por telefone com a reportagem de GZH no começo da tarde desta sexta-feira (24). Um incêndio que teve início às 23h de quinta-feira deixou 11 pessoas mortas, e quatro feridas. Ele garantiu que todas as licenças para funcionamento estavam em dia.
— Todas as licenças estavam em dia. Todos os órgãos responsáveis que nós éramos conveniados, mais a Vigilância Sanitária, fiscalizavam. A gente mantinha toda essa parte de documentação em dia — garante.
O pastor informou que nem todas as portas e janelas eram gradeadas. Questionado se o tamanho de algumas janelas não era considerado pequeno, não aceitou responder, informando que haveria uma entrevista coletiva em seguida, o que de fato ocorreu.
— Não sei se posso dizer isso para o senhor (falar sobre o tamanho das janelas). Não tenho condições agora, estamos atendendo várias coisas — concluiu.
O centro fica na Rua Claudio Santos, 101, no bairro Vila Rica, em Carazinho. A organização filantrópica começou suas atividades em 2002, na Rua Dinarte da Costa, sob a coordenação da Igreja Batista da Glória, com equipe de apoio denominada Grupo de Resgate.
A partir de 2004, com a criação do primeiro estatuto e diretoria, tiveram início as primeiras internações em sistema de comunidade terapêutica. Em 2009, a prefeitura de Carazinho cedeu a área onde o centro funciona atualmente.
O governo federal se manifestou em solidariedade por nota sobre o incêndio dizendo que o centro está em situação regular.
Confira a nota:
"O Ministério da Cidadania se solidariza com as pessoas em tratamento, com as famílias das vítimas e com os funcionários do Cetrat e está acompanhando de perto as investigações sobre as causas do incêndio. O Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos (Cetrat), localizado em Carazinho (RS), recebe investimentos do Governo Federal e está em situação regular."