Em ação realizada na sexta-feira (6), em Esteio, a Polícia Civil e a prefeitura da cidade recolheram uma égua em situação de maus-tratos. O equino estava muito magro, ficava em ambiente impróprio, era atacado por cães e apresentava ferimentos graves na boca e em uma das orelhas.
Neste sábado (7), a titular da delegacia local, delegada Luciane Bertoletti, identificou duas pessoas responsáveis — um casal — e as autuou por crueldade contra animais. Ela diz que o caso vai resultar em indiciamento conforme o artigo 32 do Código Penal: praticar ato de abuso, maus-tratos e ferimentos a animais. A pena varia de três meses a um ano de prisão, além de multa.
A ação faz parte da operação Arca, que é permanente, e contou com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Esteio. Os agentes públicos foram ao Bairro São José para realizar a remoção da égua. Ela estava em um pequeno galpão, sem alimento e água, além de apresentar ferimentos graves. O animal era utilizado para puxar uma carroça e Luciane apura que, após não ter mais condições, foi abandonado no local. O caso foi denunciado por moradores.
— As condições em que ela se encontrava configuravam maus-tratos extremos. Então a removemos para o pátio do Bem-estar Animal, onde já temos condição de mantê-la protegida, sem risco de fuga. Daremos o tratamento adequado tanto para as feridas, como de alimentação, até que se recupere minimamente e possa ser adotada — ressalta o veterinário do município, Carlos Spenst Penner.
A delegada Luciane diz que este tipo de ação é uma rotina na região e, em Esteio, há um cartório especializado em crimes contra animais. Atualmente, são apuradas dezenas de denúncias de maus-tratos a animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incluindo cães e gatos.
— A nossa delegacia, recentemente, recebeu o chamado o selo institucional de Delegacia Amiga dos Animais — destaca Luciane.
Denúncias anônimas podem ser feitas por estes dois telefones: (51) 3425-9063 e (51) 98459-0259. Ou pelo site da Polícia Civil.